A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) pode garantir um acréscimo de até R$ 312,89 por mês ao salário de trabalhadores que recebem até R$ 5 mil. A medida foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1º) e agora segue para análise do Senado.

Segundo cálculos do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), a proposta não altera a tabela progressiva do IR, mas cria uma dedução automática que zera o imposto devido para rendimentos de até R$ 5 mil.

Impacto no bolso do trabalhador

De acordo com o levantamento, os efeitos variam conforme a faixa salarial:

  • R$ 5.000: isenção total, ganho de R$ 312,89 mensais (mais de R$ 4.067 ao ano).
  • R$ 6.000: economia de R$ 181,75 por mês (cerca de R$ 2.300 ao ano).
  • R$ 7.000: redução de cerca de R$ 50 mensais (R$ 650 ao ano).
  • Acima de R$ 7.350: não há mudanças, permanecendo a tributação atual.

O Sindifisco alerta, no entanto, que trabalhadores acima dessa faixa não terão benefícios porque a tabela do IR não foi corrigida pela inflação. A entidade defende que, até a criação de uma regra permanente de atualização, seja mantida a correção vinculada ao salário mínimo.

Atualização da tabela do IR

Pela Lei Orçamentária de 2026, o salário mínimo passará a R$ 1.631 em maio, o que representaria um pequeno alívio de R$ 13,56 por mês para quem não está na faixa de isenção.

O texto aprovado também prevê que, em até um ano, o governo envie ao Congresso um projeto de lei criando uma política nacional de atualização da tabela do IRPF, a fim de evitar novas distorções.

Fontes: redação + POLEMICAPARAIBA