‘BATEU FOFO’ – Tarcísio alega “pressão” de bolsonaristas e pede desculpas a Moraes por ataque na Paulista
Buscando se descolar de Jair Bolsonaro (PL), se colocando como candidato “moderado” da terceira via para encampar o anti-Lula em 2026, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) se desculpou com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após compará-lo a um “tirano” durante ato com extremistas na avenida Paulista no dia 7 de Setembro.
O ato aconteceu na mesma semana em que o ex-presidente foi condenado pela primeira turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por comandar a organização criminosa que tentou um golpe no país.
“Nós não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. E é isso que nós precisamos fazer, é isso que nós precisamos defender. Chega! Chega do abuso! Chega! Eu tenho certeza que novos tempos virão”, bradou o ex-ministro no seu mais duro discurso.
Depois de uma pausa, parte do público começou a gritar “Fora, Moraes” e Tarcísio reagiu apoiando os gritos. “Porque ninguém aguenta mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo nesse país”, disse.
Ao refazer as pontes com Moraes, Tarcísio culpou justamente o coro dos radicais bolsonaristas, que teria feito “pressão” para que ele desferisse o ataque ao ministro.
Segundo informações divulgadas por Bela Megale, no jornal O Globo, ao procurar interlocutores de Moraes, Tarcísio afirmou que “se sentia pressionado pela base bolsonarista, que cobrava uma posição mais enfática contra o STF às vésperas do julgamento que condenaria Jair Bolsonaro”.
Tarcísio, segundo pessoas próximas, sabia que o discurso abalaria sua relação com a corte, mas resolveu desferir o ataque entendendo que seria mais fácil se reaproximar do STF do que dos bolsonaristas radicais.
Nota protocolar
Após a condenação de Bolsonaro, poucos dias depois do ataque, Tarcísio começou a “reconstruir pontes” com Moraes e o STF divulgando uma nota protocolar.
“Se não se pode transigir com a impunidade”, afirmou e prosseguiu “também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas”.
“O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais”, lamentou e encerrou com sua habitual sabujice:
“A história se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá. Força, presidente. Seguiremos ao seu lado!”
Fontes: REDAÇÃO + revistaforum




