É preciso e urgente começar efetivamente o combate frontal ao crime organizado no Brasil.

A população não aguenta mais o domínio territorial de facções no Norte, no Sul, no Leste, no Oeste, no Centro-Oeste, no Sudoeste…, não dá mais.

Não dá mais para conviver com quem, como o Primeiro Comando da Capital, o Comando Vermelho, o Terceiro Comando Puro, Amigo dos Amigos…, escraviza populações inteiras. Não dá mais.

Acho que todos estamos de acordo dessa necessidade. Só não temos unanimidade por conta dos próprios membros dessas facções!

A questão é, como efetivamente combatê-las?

Aí começam as divergências. “Bandido bom é bandido morto”, brada uma maioria incomodada com o problema, que vê na matança pura e simples a solução da questão. E, absolutamente, não é por aí.

Se matar bandido resolvesse a criminalidade/facções, não teríamos mais o problema. Temos polícias das mais letais do mundo, ou seja, no Brasil se mata foras da lei como em poucos lugares. E o problema não deixou de existir. Pelo contrário, só cresce.

Logo, não é por aí.

Ah, prende e deixa mofar na cadeia, defende outra banda da sociedade. Ora, ora, o Brasil é um dos 4 países de maior população carcerária do mundo e a criminalidade não diminuiu por isso, e as facções se proliferam como erva daninha pelo território nacional. Sem se falar que não há prisão perpétua no país e, no máximo com 30 anos o criminoso volta à sociedade. Prender só, vê-se, não é a solução.

Mas afinal, como efetivar então um combate efetivo e produtivo à criminalidade/facções?

União. A saída é a união. União dos poderes constituídos da República com um comando central em Brasília.

Não significa que o Presidente da República vá tirar a autonomia das polícias militar e civil dos Estados. Nada disso. É pura e simplesmente unir o trabalho de toda força policial do Brasil num comando central. Para trocar de informações e planejamento de ações.

Enquanto ficarmos atuando cada um por si, a criminalidade e as facções só crescerão, como está se vendo.

Que os políticos deixem de lado a visão eleitoral que muitas vezes os cega e pensem em efetivamente contribuir para o combate que se deseja e se faz necessário.

Menos Caiados, Tarcísios, Jorginhos, Castros, Ratinhos, entre outros, e mais trabalho sério contra o crime no país.

É preciso fazer algo, e há uma PEC da Segurança no Congresso Nacional que busca essa união de que falo, e que pode ser um primeiro e importante passo para a busca de uma sociedade menos violenta.

 

 

  • Fernando Caldeira