CHAMANDO O FEITO À ORDEM – Em reunião com vereadores e secretários de Cícero, João cobra voto em Lucas Ribeiro
A relação entre o governador João Azevêdo (PSB) e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), que havia subido no telhado, foi lançada de vez ao chão. Em reunião com vereadores do partido e auxiliares da gestão cicerista, nesta terça-feira (7), foi dado um recado duro: os socialistas têm candidato ao governo e o nome dele é Lucas Ribeiro (PP), atual vice-governador. E aqueles que fizerem a escolha pelo projeto político de Cícero terão que deixar o partido. No encontro, não foi estabelecido um prazo para isso, mas o recado dado foi o de que a chamada do feito à ordem será feita.
O encontro teve as participações dos vereadores Jailma Carvalho, Edmilson Soares e Odon Bezerra, além do suplente Zezinho do Botafogo. Os quatro integram a base de apoio a Cícero. Também esteve no encontro o Secretário Executivo de Participação Popular da prefeitura, Thiago Diniz. Zezinho ocupa a pasta do Esporte. Todos foram convocados pelo secretário-geral do partido, Tibério Limeira, que ocupa o cargo de secretário de Administração do Estado. Em linhas gerais, o encontro na Granja serviu para dizer que todos serão cobrados a votarem em Lucas para o governo e João e Nabor Wanderley (Republicanos) para o Senado.
As cobranças geram dificuldade extra para o vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra (PSB). O suplente do prefeito Cícero Lucena não terá dúvidas sobre a escolha, caso tenha que se definir entre Lucas e o gestor pessoense. Afinal, ele assumirá a prefeitura da capital caso Lucena saia para a disputa. Em declarações dadas recentemente, Bezerra se dispôs a manter o voto em Cícero e em João Azevêdo, por ter estado com os dois nas respectivas eleições dos mandatários. Ao contrário dos vereadores, Léo pode deixar o partido a qualquer tempo sem risco de judicialização do seu mandato.
A cobrança gera dificuldade também para Odon Bezerra, que é líder do prefeito Cícero Lucena na Câmara de João Pessoa. Como por enquanto não foi dado prazo para o rompimento ou a saída do governo municipal, as coisas tendem a transcorrer com aparente normalidade. Mas isso tende a não durar muito.
Fontes: REDAÇÃO + suetonisoutomaior