CÂMARA NO SEU BAIRRO – Iluminação, segurança, saúde, mobilidade e meio ambiente são principais preocupações de moradores da região do Bessa
Entre as demandas apresentadas na noite desta quinta-feira (25), na segunda edição do projeto Câmara no Seu Bairro, realizada no Colégio Meta II, no Jardim Oceania, iluminação, segurança, saúde, mobilidade urbana e meio ambiente foram alguns dos destaques. Na ocasião, moradores dos bairros do Bessa, Jardim Oceania, Aeroclube, Manaíra, Tambaú, São José e da Comunidade São Luiz tiveram a oportunidade de fazer críticas e propor sugestões para as regiões aos parlamentares.
O primeiro a falar foi Tiago, representando a Liderança Comunitária do Bessa. Ele enfatizou a urgência para a instalação de uma nova Unidade Básica de Saúde na localidade: “Soube que já existe um requerimento para essa construção, mas alegam que o Bessa não teria terreno. Segundo apurei, o Bessa tem 23 terrenos públicos”.
Em seguida, Elizabeth Miranda, integrante do Comitê Popular de Lutas do Bessa, reforçou que o intenso processo de verticalização que a região vive traz a consequente necessidade de melhorias na Unidade Básica de Saúde já existente: “Precisamos de médicos especializados e equipes multiprofissionais para que a população seja mais bem assistida”.
Françoaldo Alves, do mesmo Comitê, sugeriu a realização de uma operação para tapar buracos nos asfaltos, além de ordenamento e fiscalização do uso de espaço para guarda-sóis nas praias. Ainda, pediu a realização de coleta seletiva, melhoria da iluminação pública, implantação de usinas de reciclagem e conservação do maceió do Bessa.
Quanto à mobilidade urbana, o morador Leonardo da Mata solicitou: “Precisamos de ciclovias. As pessoas não podem sair de casa de bicicleta sem saber se voltarão, porque podem sofrer acidentes pela falta de ciclovias. Queremos uma João Pessoa amiga dos ciclistas e dos pedestres”.
Ainda sobre o tema, o representante do Comitê Popular do Bessa, Antônio, reforçou a importância das melhorias nas ciclovias e salientou que obras e calçadas devem respeitar os pedestres. Ele também pediu o retorno de linhas de ônibus fechadas durante a pandemia e mais iluminação. Diego Santos de Andrade, também morador do bairro, criticou as recentes mudanças de trânsito na localidade. Para ele, as alterações precisam ser feitas considerando a opinião do povo.
Da Associação dos Ambientalistas moradores do Jardim Oceania (Amjo), o professor Severino Dutra evidenciou a vocação arbórea do Bessa e chamou atenção para a Ecopraça e o Ecobosque, pedindo que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) apoie os moradores que têm empenhado esforços para manter a vegetação e promover eventos culturais. Da mesma Associação, Jeferson Palmeira reivindicou soluções para problemas de iluminação pública, saúde, mobilidade urbana, a devastação silenciosa do meio ambiente e a insegurança pública.
Outro associado aos ambientalistas do Jardim Oceania, Elivan apresentou suas preocupações quanto à iluminação pública e à coleta de resíduos: “Os constantes problemas de iluminação pública criam um clima de insegurança. Não temos nenhum projeto de coleta de resíduos para essa região”.
Como comerciante e morador do Bessa, Felipe Silva Diniz pediu especial atenção à Praça do Caju. Rampas de acesso, iluminação, transporte coletivo e presença da guarda municipal foram algumas das sugestões apresentadas por ele para a praça: “Como comerciante, peço que nos ajudem iluminando a Praça, fazendo uma reforma naquele lugar, fazendo com que pelo menos a Guarda Municipal se faça presente lá”.
Selene Leite, conselheira municipal de participação popular, se queixou da demolição do prédio onde funcionava a Escola Frei Albino: “Frei Albino é a escola mais antiga do Bessa e, pasmem, foi demolida. A placa que está lá diz que era reforma e ampliação, mas foi demolida. A escola atual não tem infraestrutura e, já pela segunda vez, caiu o gesso. A sorte foi que as crianças não estavam lá. A obra foi abandonada”.
Patrícia Berger, conselheira regional da Comunidade São Gabriel, também falou sobre a situação da Escola Frei Albino. Ela afirmou que, em visita técnica, constatou que a obra não existia. Patrícia também chamou atenção para o problema das manilhas entupidas na Comunidade: “O pessoal da Comunidade sofre demais com as chuvas. Eles perdem móveis, geladeira, máquina e até comida. E, até agora, nenhuma secretaria chegou lá”.
Renato Chaves ressaltou que também é importante enxergar aqueles que são os ‘invisíveis da cidade’. Ele reivindicou o direito à cidadania para as pessoas em situação de rua no bairro do Bessa.
Fontes: REDAÇÃO +secomcmjp