CALDEIRA POLÍTICA
VAGA TCE – A vaga aberta para conselheiro do TCE-PB com a aposentadoria compulsória de Arthur Cunha Lima está gerando muitos fatos e comentários na política paraibana. Inicialmente o nome quase de consenso para a vaga era o do deputado estadual Tião Gomes, do PSB. Mas, apesar de ser do partido do governo, algo aconteceu que Tião acabou declinando do seu “sonho”, como ele definiu.
VAGA TCE 1 – E o próprio parlamentar socialista tratou de esclarecer que a retirada de seu nome da disputa não era fruto de algum ‘golpe’ do Presidente da ALPB, Adriano Galdino (Republicanos) ou da própria Assembleia. Segundo Tião “pessoas muito fortes” e de “cima” agiram para impedir o seu “sonho” de chegar ao cargo de conselheiro do TCE. Mas afinal, quem seriam essas “pessoas muito fortes” e de “cima” que teriam puxado o tapete do representante de Areia no parlamento?
VAGA TCE 2 – Mas se Tião desiste da disputa, o seu colega de ALPB, Taciano Diniz (União Brasil) diz que mantém seu nome como opção para a vaga de Arthur. Taciano rompeu com o governo de João Azevêdo e, salvo terremoto de magnitude 9 na escala Richter, dificilmente conseguirá tornar-se conselheiro do tribunal de contas paraibano.
VAGA TCE 3 – Ainda sobre a rumorosa vaga aberta no TCE, comenta-se que o deputado Adriano Galdino (Republicanos), Presidente da AL, já teria o apoio de 25 dos 33 colegas de parlamento para fazer a indicação para o cargo. E mais: que teria oferecido o cargo para o atual governador interino, Lucas Ribeiro, virtual candidato à reeleição, em caso de desincompatibilização do titular João Azevêdo (PSB), para disputar uma vaga ao Senado Federal. Verdade? Mentira? Ninguém pode afirmar, senão os próprios.
VAGA TCE 4 – No rastro do tema, surge a deputada Paula Francinete (PP), defendendo que a tal vaga seja reservada para uma mulher, sem nominar quem seria ela. Bem, primeiro é necessário esclarecer que a vaga não é exclusividade do sexo masculino, absolutamente. Ao reivindicar que ela seja preenchida por uma mulher, o que seria histórico para a corte de contas paraibana que até hoje só teve homens nos cargos de conselheiros, necessário que apareça uma pelo menos que se disponha à disputa.
VAGA TCE 5 – E não será por falta de nome feminino que não teremos uma mulher no TCE-PB. A contadora Clair Leitão confirmou, neste domingo (9), sua pré-candidatura à vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Para concorrer ao cargo de conselheira, a contadora precisa do apoio de pelo menos 12 dos 36 deputados estaduais. Será se já conseguiu algum?
VAGA TCE 6 – Com mais de 40 anos de trabalho dedicado à contabilidade, Clair Leitão é natural da cidade de Patos, na região do sertão. Sua atuação como profissional é referência pela credibilidade e competência na prestação de serviços como assessoria e consultoria em diversas cidades do território paraibano. Sua experiência também tem destaque na ocupação de cargos no Conselho Regional de Contabilidade da Paraíba (CRC-PB) e atualmente exerce a função de vice-presidente na Associação Paraibana de Contadores Públicos (APCP). Agora só depende dos membros da ALPB, principalmente as deputadas!
DESCRÉDITO NA JUSTIÇA – Qualquer pesquisa minimamente séria apontará um forte descrédito, hoje, em várias instituições brasileiras, inclusive a justiça. E não é sem motivo: não fora os penduricalhos que elevam os vencimentos de seus membros para muito além do teto constitucional, tornando-o inócuo, a demora nos julgamentos amplia a insatisfação popular. Aqui mesmo, na Paraíba, um caso se arrasta vergonhosamente sem fim. Falo da Operação Calvário, que inclusive levou um governador para o xadrez da PF, e que foi iniciada em dezembro de 2018 e hoje, 2025, nada nem ninguém ainda foi julgado. Mais de uma dezena de juízes já se declararam suspeitos para julgar o caso, que se arrasta, ao que parece, para a prescrição. Sim prescrição. É aquele prazo que a lei determina para que uma demanda seja julgada. Após isso, o direito e o crime prescrevem, ou seja, não mais existem. No artigo 206 do Código Civil existem diversos prazos relacionados a situações específicas, que variam de um a cinco anos. Hipóteses que não estiverem nessa lista, cairão na regra geral de 10 anos, que informa o art. 205, CC/02. E o descrédito no judiciário só aumenta!
MÍDIA INSTITUCIONAL – Não há dúvida alguma que a gestão Corrinha Delfino (PP), em Cajazeiras, começou com o pé direito, como se diz. Cidade limpa, inaugurações, obras sendo tocadas em bom ritmo, excelente carnaval, salário dos funcionalismo em dia, etc, etc, etc… . Mas é bom alertar a prefeita de que é necessário uma mídia institucional nos órgãos de comuinicação para dar repercussão continuada aos feitos, além da mídia estatal. Caso contrário, eles se perderão no limbo do tempo, inexoravelmente. E como já disse alguém algum dia, “fazer e não mostrar é o mesmo que não ter feito.”
BATE CABEÇA – Num dia é a senadora Daniela Ribeiro (PP) que vai à imprensa e declara que a questão da chapa majoritária da situação na Paraíba só será debatida em 2026. No outro é o governador João Azevêdo (PSB) que dá declarações no mesmo sentido. Aí vem o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), filho da senadora, e diz que até o fim deste ano será conhecida a chapa de situação que disputará a sucessão estadual. Uma coisa eu posso afirmar: alguém está mentindo! Eu sei mas não digo, porque não provo!
- Fernando Caldeira