O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso disse nesta terça-feira (30) que o sistema de votação eletrônico adotado pelo Brasil impede alegações de fraude, uma vez que “qualquer um pode fiscalizar”, ao contrário do que ocorre na Venezuela.

O magistrado criticou o sistema de impressão de votos. “O Supremo atuou intensamente contra a volta do voto impresso, que sempre foi o caminho da fraude no Brasil. Não tem nenhuma chance do que está acontecendo hoje na Venezuela ocorrer no Brasil ou algum tipo de denúncia como a que Donald Trump fez na eleição (dos EUA) em que perdeu (2020). Aqui a votação é eletrônica e o código fonte são abertos um ano antes. Qualquer um pode fiscalizar”, disse Barroso nesta terça-feira (30) durante encontro na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro. A declaração foi citada pela CBN.

A eleição presidencial venezuelana de 28 de julho resultou na vitória de Nicolás Maduro para um terceiro mandato. O anúncio dos resultados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela levou a oposição apoiada pelos Estados Unidos a protestar na capital, Caracas, e além, com relatos de confrontos entre a polícia e os apoiadores da oposição. O governo venezuelano acusou vários países de interferência nas eleições.

Após as eleições, o governo do presidente Lula disse que aguardará a publicação, pelo CNE, dos dados desagregados por mesa de votação. O órgão ainda não divulgou as atas que dão vitória a Maduro com 51,21% dos votos, contra 44% de Edmundo González. O opositor se autoproclamou presidente citando 24.384 atas eleitorais digitalizadas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fontes: REDAÇÃO + brasil247