VOTO E GOVERNABILIDADE
Você acha que daria certo João Azevêdo chamar para seu secretariado o deputado Cabo Gilberto? Claro que não! E por que? Porque o citado deputado é adversário do governador.
Você acha que daria certo Bolsonaro chamar o senador Randolfe Rodrigues para ser seu ministro? Também não. Randolfe é adversário de alto grau do presidente.
Ou seja, pra governar é preciso aliados ao seu lado.
Assim, aviso aos navegantes que têm real interesse num Brasil melhor que, independentemente de quem escolherem para presidir o país pelos próximos 4 anos, livrem-no dos ‘centrões da vida’.
Como? É simples: você vai votar no candidato “A”, escolha deputados e senadores que estejam do lado do candidato”A”. Assim, além de eleger “A”, você dá a ele a governabilidade que qualquer executivo necessita para realizar uma gestão livre de conchavos e acordos espúrios como os que temos visto ao longo dos anos na política brasileira até hoje.
Se não for assim, você estimula o surgimento dos “centrões” que são agrupamentos de parlamentares que vivem da chantagem com o poder executivo. Dê um basta no político de conchavos e de acordos porque eles só se locupletam, a si e aos seus, com o mandato que você lhe delegou.
Ao invés de usar essa delegação recebida do povo para propor políticas públicas exeqüíveis e de cunho social, esses mercadores com mandato ficam atrás de comandar partidos políticos para abocanhar os milhões dos fundos partidários e chegar em Brasília para negociar seja no tal orçamento secreto, seja junto à Presidência da República, a quem vivem de extorquir: se me der eu voto, senão voto contra! E para governar o presidente cede aos caprichos desses larápios travestidos de representantes do povo!
Então é isso: escolha seu candidato a governador e a presidente, mas permita que eles governem sem amarras. Elejam aliados deles seja nas Assembleias Legislativas, seja na Câmara dos Deputados, seja no Senado Federal.
Caso contrário, vamos continuar como estamos atualmente, um governo refém de políticos que mais se assemelham às milícias, que vivem no submundo a extorquir.
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Leonardo Boff tem razão quando propõe a internacionalização da Amazônia, CASO os governos do Brasil não a tratem com o carinho e respeito que ela merece. Afinal, ela é um bem para a humanidade e o planeta e, como tal, precisa ser preservada. Se o Brasil não faz isso, a internacionalização pode e deve fazê-lo.
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* Fernando Caldeira