O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), pediu nesta quinta-feira (27) união entre as figuras políticas, em especial mineiras, para tentar impedir os cortes nos recursos das universidades federais em 2021, previstos no orçamento do governo federal para este ano.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pode ter um corte de até 26,72%, que representa cerca de R$ 50 milhões (soma-se a esse veto um bloqueio linear no Ministério da Educação, de 13,8%).

O apelo aconteceu durante assinatura de um termo de patrocínio da Prefeitura de BH para desenvolvimento da vacina contra a COVID-19 em produção pela UFMG, batizada de Spintec.

“Estava conversando com a Sandra, que ontem esteve com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, e me disse que a conversa foi proveitosa. Tenho certeza que será. Porque neste momento não temos partidos, não temos lado, temos deputados federais e senadores que representam o povo.”

Kalil se referiu a um encontro de Sandra Goulart, reitora da UFMG, com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) nessa quarta-feira (26).

O prefeito de BH se colocou à disposição para dialogar com diversos agentes políticos, como senadores e deputados federais. Apesar das divergências afloradas após o início da pandemia de COVID-19, em março de 2020, Kalil também citou o governador Romeu Zema (Novo), a fim de promover união contra os cortes nas universidades federais.

“Faço um grande apelo. A ajuda é pequena pois é de uma prefeitura. Mas no orçamento que vocês devem, como jornalistas, pesquisar, vão notar que o que estão fazendo com o estudo federal do Brasil é definitivamente um crime que vai custar muito caro no futuro”, declarou Kalil.

Ele defendeu a união das forças políticas mineiras. “Quero deixar um apelo, tenho certeza que o presidente do Congresso vai se empenhar e tenho certeza que é um momento de a bancada mineira se unir, com o governador e o prefeito à disposição. Na hora que convocar, a gente senta e conversa para que possamos, pelo menos enquanto, ver se resolve essa tragédia na educação, para que mantenhamos essa grande instituição que enche o peito de todos os mineiros”, afirmou Kalil.

Os cortes orçamentários devem ser votados no Congresso Nacional a partir da próxima semana. Segundo a UFMG, outras dez universidades federais mineiras e uma unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) estão com diminuição de repasses prevista. Kalil também lembrou os demais prefeitos mineiros onde há esses centros de ensino, como Viçosa, cidade da Zona da Mata Mineira.

“Está na hora de nós agirmos, junto com governo do estado, bancada federal, estadual, entrarei em contato imediatamente, hoje mesmo. Não vamos deixar isso acontecer, já pisaram muito neste estado e não vamos deixar acontecer. Sabemos a fragilidade da voz da universidade. Isso que queria deixar e cobrar da bancada”, continuou o prefeito de BH.

“Chega de desunião, mimimi, disso e daquilo. Vamos resolver isso. Quem? Os mineiros, deputados, senadores, prefeitos. Todos nós vamos dar as mãos para que esse crime não seja cometido contra a universidade federal. É desrespeito o que estão fazendo hoje com a UFMG. E temos força de vontade e o poder de impedir, enquanto é tempo, este desrespeito”, afirmou Kalil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes: REDAÇÃO + em