O massacre diário promovido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Globo e outros meios de comunicação da chamada velha mídia não produziu os efeitos desejados.

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo revela que Lula disparou em todos os cenários, alcançando números entre 29% e 31% das intenções de voto no primeiro turno. Ou seja: sem um tapetão judicial, que seria a fase 2 do golpe de 2016, com a inabilitação judicial de Lula, ele provavelmente seria eleito presidente pela terceira vez.

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, mantém-se na liderança apesar das menções no noticiário recente da Lava Jato”, reconhece a Folha.

A pesquisa também revelou o esfacelamento das principais forças golpistas: enquanto candidatos do PSDB, como Aécio Neves, derreteram, Michel Temer se tornou a personalidade política mais odiada do Brasil.

No vácuo político, o único que cresceu, além de Lula, foi o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje iria para o segundo turno.

Ontem, ao participar de um evento em defesa da indústria naval, ao lado do ex-governador Olívio Dutra e da presidente golpeada Dilma Rousseff, Lula se disse pronto para vencer mais uma vez o candidato da Globo.

O Datafolha fez 2.781 entrevistas, em 172 municípios, na quarta (26) e na quinta (27), antes da greve geral de sexta (28). A margem de erro é de dois pontos percentuais.

DIRETAS JÁ

O golpe de 2016, personificado na triste figura de Michel Temer, que traiu a presidente eleita Dilma Rousseff para chegar ao poder por meio de uma conspiração de políticos corruptos, é também um fracasso, segundo aponta o Datafolha.

Temer é hoje o político mais rejeitado do Brasil, com 65% de avaliações negativas, e 85% dos brasileiros querem eleições diretas já. Antes do golpe, já eram 63% os brasileiros que defendiam diretas, mas Temer foi imposto pelo establishment político e midiático para fazer suas reformas altamente impopulares.

Como o Brasil só fez piorar deste então, e hoje tem 14,2 milhões de desempregados, o grito por eleições diretas é praticamente um consenso nacional.

A pesquisa também revela que Temer é mais impopular do que foi Dilma em seu pior momento, com uma diferença importante: enquanto ela foi massacrada, ele é protegido pelos barões da velha mídia.

“Segundo pesquisa do Datafolha, a gestão do peemedebista tem 61% de avaliação ruim ou péssima, com 28% a considerando regular e apenas 9%, ótimo ou bom. Logo antes de a Câmara afastá-la, em abril do ano passado, Dilma tinha 63% de rejeição e 13% de aprovação. Os 9% [de Temer] de aprovação são também similares à taxa de Fernando Collor de Mello antes de ser impedido, em setembro de 1992, embora a reprovação fosse maior (68%). Quando colocado como eventual candidato à reeleição, Temer vê a rejeição a seu nome subir de 45% para 64% de dezembro para cá”, informa o Datafolha.

“A deterioração da imagem da Presidência impressiona. De dezembro de 2012, quando a pergunta foi feita pela última vez, para cá, disseram não confiar nela 58% dos ouvidos, contra 18% em 2012. É um índice quase igual ao da confiança no Congresso, historicamente baixa: 57% de ‘não confio'”.

 

 

 

 

 

Fontes: brasil247 + REDAÇÃO