O ex-prefeito de Cajazeiras, o médico Carlos Antônio de Oliveira, acusou o empresário Francisco Justino do Nascimento, de usar seus depoimentos como delator na Operação Andaime como instrumento político. A operação foi deflagrada em 2015 pela Polícia Federal para investigar esquema de corrupção em prefeituras no Sertão do Estado, mas só agora o empresário acusa o ex-gestor de suposta participação na liderança do esquema.

“Nunca tive nenhum tipo de relação com esse cidadão, que infelizmente vem agindo com interesses políticos, orientado e assessorado por adversários do nosso grupo político em Cajazeiras, para denegrir e caluniar a meu respeito. Esse cidadão, sem ética e sem escrúpulos, deve pagar pelos crimes que cometeu e agora vai ter que pagar por mais um: porque vou tomar as medidas cabíveis sobre as acusações levianas que vem fazendo sobre mim”, declarou.

Carlos Antônio ressaltou que Justino em nenhum momento cita em seu depoimento ao Ministério Público Federal qualquer tipo de contato ou mesmo alguma prova que possa atestar o envolvimento do ex-gestor no esquema criminoso capitaneado pelo empresário. Além disso, ele questiona porque só agora, na quarta etapa da operação, Justino resolveu acusá-lo diretamente de estar à frente do esquema.

Envolvimento com adversários – “Todas as declarações são feitas sem comprovação. Não há provas. Ele próprio (Justino) admite que nunca teve contato algum comigo. Tudo que vem dizendo até hoje contra mim, trata-se de puro revanchismo político. Justino tem como advogado um integrante da chapa concorrente do nosso grupo nas eleições de 2012, que é o também radialista Adjamilton Pereira, que inclusive vem disseminando as informações nos meios de comunicação, sem nenhum tipo de isenção para agir como profissional de imprensa. Além disso, toda Cajazeiras sabe de sua relação e proximidade com integrantes da atual gestão. Fotos e vídeos mostram sua participação na campanha do nosso adversário nas eleições de outubro”, afirmou.

Carlos Antônio lembrou ainda que os processos licitatórios alvos da investigação Andaime e que são suspeitos de terem sido fraudados não foram executados em sua gestão, mas sim, nas administrações dos ex-prefeitos Léo Abreu e Carlos Rafael.

Na última segunda-feira (30), o médico compareceu à sede da Polícia Federal na cidade de Patos para prestar depoimento sobre o processo instaurado pelo Ministério Público Federal.

 

 

 

Fontes: maispb + REDAÇÃO