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Político cara de pau sempre existiu e, segundo meu professor emérito em matéria de óleo de peroba, Tito de Tozinho, vai existir sempre. Ele é aquele sujeito que não se envergonha de nada, não se encabula com nada, para tudo tem um jeitinho e enfrenta as piores situações com o sorriso faceiro, matreiro e sem cerimônia próprio dos que fazem da política um negócio, jamais um sacerdócio.

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Hoje a Paraíba teve uma demonstração do que venha a ser político cara de pau.

O ministro das Cidades, por sinal bastante simpático e falante, veio visitar as obras do Viaduto do Geisel e quem se destacou foi a comitiva formada pelo senador licenciado Cássio Cunha Lima, pelos deputados Pedro Cunha Lima e Romulo Gouveia e pelo prefeito Luciano Cartaxo.

Quem viu a comitiva, jura ter ficado com a impressão de que aquele grupo era o responsável pela obra monumental que acabou de vez com os engarrafamentos naquela zona da cidade.

O senador, que foi governador por seis anos e não fez o viaduto, parecia o rei da cocada preta. Falava, gesticulava e ainda inventava coisas, ao dizer que o Governo do Estado só entrava com 10 por cento dos recursos investidos naquela obra e que os 90 por cento restantes eram bancados pelo Governo Federal, quando na verdade, 60 por cento da obra são de responsabilidade do governo estadual e 40 por cento do federal. Quarenta por cento que estão em atraso, convém destacar, pois o ministro, a pedido do mesmo grupo que o acompanhava nesse passeio matinal pela obra de Ricardo Coutinho, retirou do banco o dinheiro liberado por Dilma, e agora está soltando a prestação, como se fosse esmola.

Repito: o ministro estava uma simpatia só. Só não fez o serviço completo porque não visitou as obras da Lagoa, bancadas,estas sim, integralmente pelo Governo Federal.

Mas aí seriam outros quinhentos. O objetivo do grupo não era ver obra A ou B, mas tentar melar o trabalho do governador Ricardo Coutinho.

Como se o povo de João Pessoa fosse besta o suficiente para cair na lábia desse meninos treteiros.

 

 

 

Fontes: blogdotiaolucena + REDAÇÃO