Adv. do gov. RC entre com ação no TJ contestando dados, e Sec. de Comunicação diz que TCE não pode operar “como extensão do escritório de Cássio”
O advogado da coligação ‘A Força do Trabalho’, que reelegeu o governador Ricardo Coutinho (PSB), Fábio Brito, entrou com uma ação no Tribunal de Justiça (TJ) de incidente de falsidade contra um relatório da auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo a ação, os números de servidores contratados pelo Governo do Estado em 2014, ano eleitoral, eram diferentes dos dados reais segundo o próprio sistema do TCE, o Sagres.
A ação, movida pela coligação do candidato derrotado na disputa estadual, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), trazia um relatório técnico assinado por uma auditora do TCE, encaminhada pelo conselheiro do tribunal, Fernando Catão, tio de Cássio Cunha Lima. O relatório diz que o Governo havia contratado 50% mais servidores do que a lei permitia. Segundo dados do Sagres, este número seria 1% inferior ao limite da lei.
“Estamos contestando a veracidade do documento apresentado pelo TCE, esperando que o Tribunal acate a ação e solicite esclarecimentos quanto a estas informaçãoes prestadas. Nossa única intenção é fazer com que os documentos reflitam a veracidade dos dados da gestão estadual”, disse Fábio.
Segundo o advogado, a coligação não acusa o TCE de adulteração do documento, mas que a informação que nele consta não é verídica, podendo levar o TJ a julgar o processo de forma equivocada.
SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO
O secretário de Comunicação do Estado, Luís Torres, questionou a isenção do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no processo movido pela coligação do senador Cássio Cunha Lima contra o governador do Estado Ricardo Coutinho referente a contratação de servidores no período eleitoral. Em entrevista nesta terça-feira (7), Luiz Torres destacou que o TCE não pode operar como a ‘continuação do escritório de advocacia de Cássio’.
“Fico estarrecido com a revelação de que um setor do TCE que possa omitir e apresentar dados inconsistentes, e com isso induzindo ao erro e criminalizando uma gestão”, lamentou Torres.
Fernando Catão, conselheiro do TCE que assina o relatório encaminhado ao TJ, é tio do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), então candidato ao Governo do Estado e proponente da ação.
Fonte: paraibaja + Redação