Jaldes Meneses

“CADÊ O GOVERNADOR DA BAHIA? DO CEARÁ? DO PIAUI? CADÊ O PREFEITO DE JOÃO PESSOA?“

O professor e cientista político Jaldes Meneses, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB), demonstrou toda sua perplexidade diante da ruptura institucional iminente que se quer tornar realidade no Brasil, com a até agora posição contemplativa de lideranças políticas de esquerda da região.

A preocupação do professor quanto ao imobilismo das esquerdas no Nordeste surgiu logo após a convenção nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), neste domingo (5), em Brasília. Segundo Jaldes Meneses, “a convenção do PSDB aderiu sem peias ao golpismo.”

O dirigente sindical, aliás, vai além da cobrança às lideranças políticas de esquerda do NE de um posicionamento em favor da legalidade. Ele cobra um posicionamento no mesmo sentido das instituições do regime democrático, como tribunais, congresso, assembleias legislativas, câmaras municipais, prefeitos,… , visto que “golpe significa interrupção da institucionalidade”, argumenta. E arremata com uma lembrança: “o lugar dos frouxos em política é a lata de lixo da história.”

Veja a postagem do presidente da Adufpb no facebook:

“CADÊ O GOVERNADOR DA BAHIA? DO CEARÁ? DO PIAUII? CADÊ O PREFEITO DE JOÃO PESSOA?

A convenção do PSDB aderiu sem peias ao golpismo. Resolveu encampar a ideia de deposição de Dilma e de eleições para imediatas para presidente, enquanto a constituição brasileira prevê eleições em 2018. Certamente, os movimentos sociais de esquerda reagirão ao golpe. Somente essa mobilização não basta. Golpe significa interrupção da institucionalidade. As instituições, portanto, precisam reagir, todas elas, os tribunais superiores, o congresso, as assembleias legislativas, as câmaras municipais, os prefeitos, principalmente – afinal, a questão é política – as instituições dirigidas por lideranças ligadas ao bloco do governo. Cadê o governador da Bahia? do Piauí? do Ceará? Cadê o prefeito de João Pessoa? Honrem as calças que vestem, mirem-se nos exemplos de MIGUEL ARRAES e SEIXAS DORIA. O lugar dos frouxos em política é a lata de lixo da história.”