Frei Anastácio denuncia problemas no garantia-safra na Paraíba
O deputado estadual Frei Anastácio (PT) disse que está recebendo muitas denúncias de trabalhadores rurais que não estão recebendo o garantia-safra na Paraíba, sob a alegação das prefeituras de que não existe dinheiro. “Estamos diante de uma seca que destruiu as plantações e os agricultores, de vários municípios não estão tendo acesso ao seguro-safra”, disse o deputado.
Frei Anastácio assegurou que irá buscar informações do governo do estado e do governo federal, em relação ao assunto, para saber onde está falha. “Em muitas prefeituras, a informação é de que não há dinheiro para o garantia-safra. Iremos saber se essa informação é verdadeira. Caso não seja, minha acessória jurídica irá acionar o Ministério Público Federal para tomar as providências.
“Os agricultores estão passando dificuldade. E esse dinheiro é uma ajuda importante nesse momento que eles enfrentam, para ajudar a esperar pelo inverno ”, disse o parlamentar.
O programa Garantia-Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) concedido a agricultores familiares de municípios sistematicamente sujeitos a perdas na safra devido à seca ou ao excesso de chuvas. O benefício é pago em cinco parcelas de R$ 170 cada, totalizando R$ 850 por agricultor.
Aniversário de assentamento
Durante o final de semana, Frei Anastácio esteve nas festividades de comemoração dos 10 anos de criação do assentamento da reforma agrária Riacho D’água, em Pedras de Fogo. Lá, ele celebrou missa em Ações de Graças, ao lado do padre João Maria. Ele afirmou que ficou muito feliz ao ver que as 15 famílias assentadas vivem muito bem com o que lucram da terra. “Elas possuem irrigação e produzem o ano inteiro, nos 180 hectares do assentamento. Lá existe energia elétrica e o abastecimento de água, que funciona por gravidade, é próprio. Depois de 23 anos de luta, essas famílias realizaram seu sonho”, disse.
Frei Anastácio também visitou dois acampamentos de trabalhadores rurais sem terra. O primeiro foi Paraíso, em Mogeiro, onde trinta famílias estão esperando por terra para trabalhar. Depois, o deputado foi à fazenda Reunidas composta por três propriedades: Fazendinha, Areial e São João,também em Mogeiro, onde 60 famílias de posseiros estão acampadas há um mês.
O deputado disse que são posseiros que moram na terra há mais de 40 anos e estão buscando um pedaço de chão para trabalhar. “Pelo que vimos a fazenda está abandonada. Os imóveis caindo pela falta de cuidados e não há um pé de plantação nos mil hectares de terras. Dessa forma, os posseiros estão reivindicando a terra para a reforma agrária”, observou o deputado.