Zona Franca 1

O provincianismo e a desinformação são péssimas companheiras do desenvolvimento regional que pleiteamos via Zona Franca do Semiárido.

Digo isso, a propósito de uma postagem que vi de relance no facebook onde um radialista, não sei se de Sousa ou de Patos, estaria a propagar que as lideranças daquelas cidades iniciariam um “trabalho” para retirar de Cajazeiras o centro da Zona Franca que se quer instalar no Nordeste.

A ser verdadeira a informação, patenteadas ficam a desinformação e o provincianismo, irmãs gêmeas da obscuridade, para ser leve.

Ora meus amigos, uma Zona Franca tem suas delimitações e, dentro delas, ‘todos os gatos são pardos.’ Nela não existem regiões melhores que outras, nem municípios mais privilegiados que outros, nem Estados mais contemplados que seus vizinhos. A Zona Franca, se efetivamente criada, passa a ser um novo território do ponto de vista econômico. Neste novo território, as regras valem para todos que, aí sim, nas suas individualidades de Estados e municípios, podem catalisar através de políticas de atração, mais empresas, mais indústrias e mais investimentos que outros.

Assim, criada a ZF, todos nela inseridos terão os mesmos benefícios oriundos do Governo Federal, ente a quem caberá, inicialmente, os ônus fiscais dela decorrentes. A posteriori, aí sim, os entes federados (Estados e Municípios) incluídos no “território” da Zona Franca poderão, individualmente, conceder os incentivos fiscais que julgarem convenientes dentro de suas jurisdições. Da soma destes com aqueles, nascerá a competitividade de cada Estado e cada município.

Sendo assim, não há privilégios à Cajazeiras por ser ela o centro da ZF do Semiárido. Sua escolha, dessa forma, não tem intenção de secundarizar outros em seu benefício.

Diferente, a escola da terra do padre Rolim para “epicentro” do terremoto econômico advindo da instalação de uma Zona Franca, parte do princípio de alcançar Estados, municípios e regiões interioranas do Nordeste, ciclicamente castigadas pelas intempéries climáticas e pela posição geográfica pouco favorecidas.

Cajazeiras, Sousa, Patos, e todos os demais municípios que gravitam ao redor, só para citar a Paraíba, são beneficiários diretos e igualitários da Zona Franca com que namoramos.
Falar em disputa entre eles para centrar este ‘novo território fiscal’ é alimentar um provincianismo caolho, carcomido e ultrapassado, e (des)informar a notícia como ela é.

Ao contrário disso, o que precisamos é unir esforços. O momento é de união!

S O L T A S

. Fui surpreendido esta semana com a propositura do deputado Renato Gadelha, que me concede o título de Cidadão Paraibano. Se há algum merecimento a justificar esta homenagem que muito me honra e que muito agradeço, são meus quase 35 anos de jornalismo neste Estado que me adotou vindo de São Paulo, e que me presenteou com esposa e quatro filhos.

. Igualmente agradeço aos deputados da Comissão de Constitução, Justiça e Redação que, à unanimidade, aprovaram a concessão da honraria. Meu obrigado a Jeová Campos, Branco Mendes, Trocolli Júnior, Camila Toscano, Estela Bezerra e Janduí Carneiro. Viva a Paraíba!

. Os deputados Rômulo Gouveia e Veneziano Vital do Rego, além da assessoria do senador Raimundo Lira, tomaram a iniciativa de justificar à coluna suas ausências hoje na audiência pública sobre a Zona Franca do Semiárido.

. A enquete do blog www.fernandocaldeira.com.br será encerrada neste domingo (17), dentro do programa Trem das Onze. Por enquanto está em 1º lugar Antônio Gobira (PSOL), seguido de perto por Adjamilton Pereira (PMDB).

. “A vida é muito curta para ser pequena!”