Corporativismo 1

Num artigo intitulado “POLÊMICA NO MUNDO JURÍDICO :OS ADVOGADOS SEGUNDO O JUIZ”, o conhecido advogado paraibano Gilvan Freire, levanta questões acerca do posicionamento corporativo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Paraíba, por conta de um comentário do Desembargador Márcio Murilo, professor de Direito Civil em João Pessoa.

Em linhas gerais, Gilvan Freire diz em seu artigo o que eu venho dizendo há algum tempo, e pelo que a mesma OAB, sempre corporativa, protestou e fez o maior carnaval. Só faltou me crucificar!

Vejam parte do seu artigo que reproduzo a seguir:

“A OAB levantou questões pertinentes em hora e circunstâncias impróprias e por razões não muito nobres, quando um cidadão apenas abre um debate sobre convertida questão de interesse amplo, diante de mudanças na legislação que dizem respeito à economia popular. Pareceu que a OAB só se manifestou para defender interesses corporativos, e não para garantir uma discussão sadia no seio da sociedade, em matéria que lhe é afeta.

De qualquer maneira, o juiz provocou uma OAB dormente com relação aos monumentais problemas que se arrastam no Judiciário, sem que nenhuma organização de classe ou autoridade tenha a coragem de enfrentar e exigir providências. Somente assim se descobrem há verdades vivas mas escondidas por causa de interesses próprios das classes dirigentes , que negligenciam com seus deveres perante a sociedade.”

E agora, a OAB também vai questionar um de seus filiados, como Gilvan Freire pela opinião exposta?

Melhor é a entidade deixar de lado seu ávido corporativismo e partir para a defesa de uma justiça mais célere, calcada na lição do grande mestre: “Justiça tardia não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta (Rui Barbosa).”