Conselho da OAB/PB aprova desagravo público à Subseção de Cajazeiras e jornalista repõe a verdade
O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), aprovou, voto de desagravo ao presidente João de Deus Quirino Filho e toda diretoria da Subseção da OAB de Cajazeiras: José Airton Gonçalves de Abrantes (Vice-Presidente); José Ferreira Lima Júnior (Secretário Geral); Ednelton Helejone Bento Pereira (Tesoureiro); e Vanja Alves Sobral (Secretária Adjunta); em virtude de artigo publicado no jornal “Gazeta do Alto Piranhas”, pelo jornalista Fernando Caldeira, intitulado “A Injustiça Nossa de Cada Dia”, no qual culpa a OAB pela morosidade do poder Judiciário da Comarca de Cajazeiras.
O desagravo público, aprovado por unanimidade, foi proposto pelo conselheiro Marcos Antônio Souto Maior Filho. João de Deus Quirino Filho afirma que o jornalista Fernando Cadeira também assacou críticas à OAB, Subseção de Cajazeiras, taxando de inoperante e ineficaz.
Marcos Souto Maior ressalta que as acusações são inverídicas, diante da atual conjuntura administrativa da OAB local, além do fato causar dúvida aos leitores ao culpar a OAB por eventual morosidade da Justiça, o que é de competência do Judiciário e não da Ordem. “É importante ressaltar que a OAB desempenha uma função primordial a garantia da Justiça, porém não cabe a esta Instituição desenvolver ações privativas e inerentes ao poder Judiciário, nos restando à fiscalização e provocação deste órgão de forma que vise satisfazer as necessidades dos advogados e da sociedade”, afirma o conselheiro.
A OAB também adotará todas as providências legais cabíveis para restabelecer a verdade.
NOTA DE FERNANDO CALDEIRA
Não tenho intenção de polemizar algo já totalmente esclarecido no rádio e na imprensa escrita e online.
De tal forma que apenas republico aqui um dos artigos relativos ao assunto para, ao final, fazer algumas novas considerações:
OAB/CZ e democracia
“A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que a ameaça”. (Rui Barbosa)
Não criei, não inventei e não menti. Fiz o que cabe à imprensa fazer: relatar a verdade!
E a verdade é que a nossa justiça é lenta, demorada e tardia. E justiça que tarda, ensinou Rui Barbosa, “não é senão injustiça qualificada e manifesta.”
Saiam de seus gabinetes refrigerados, ouçam o povo e então descobrirão a verdade que afirmei, que volto a reafirmar, e pela qual oabeanos de Cajazeiras parecem querer me crucificar.
Num artigo simples de cinco parágrafos onde abordo e lamento a demora judicial para julgar, o que é verdade aqui e alhures, em um, em apenas um, cito a OAB/Cajazeiras cobrando-lhe ser eficiente e operante ante o arrasto sem fim de processos na comarca. Nada além disso. Não destratei e não menosprezei nem OAB e nem ninguém. Apenas passei para o papel o que o povo diz nas ruas.
Foi o suficiente para acordar a ira e a cólera contra mim de alguns que se julgam acima do bem e do mal. Imaginando-se intocáveis, porque doutores por decreto, postam-se como verdugos à espera do pelourinho para açoitar-me. Com insinuações e ameaças veladas de processar-me, buscam o meu silêncio. Não o encontrarão!
Digo-vos: ao invés de utilizarem vossa energia contra um humilde jornalista, escravo dos fatos e da verdade, represem-na para utilizá-la no que realmente importa: a celeridade processual que todos buscam, principalmente o povo carente de justiça nesta Cajazeiras.
Lamento que membros da OAB, seccional Cajazeiras, não estejam acostumados ao exercício democrático. Lamento que cidadãos que estudaram Direito e, nele, Ética e Filosofia, não consigam assimilar o mínimo de contraditório ao que julgam ser certo. Lamento que jovens advogados que deveriam amar o debate, a liberdade e a democracia, como lhes ensinaram seus mestres, embevecidos pelo poder de dirigir uma entidade classista, prefiram flertar com a censura. Mas digo que desde já os perdoo. Afinal, isso é próprio da inexperiência dos que, com pouca idade, não conheceram a tristeza e a amargura de uma ditadura!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em respeito aos leitores deste blog, e para provar novamente que a OAB pode e deve fazer mais, muito mais, em favor da celeridade processual, convido-os a acessarem os portais da OAB Paraíba (http://oabpb.org.br/) e OAB Cajazeiras (http://oabcz.blogspot.com.br/), edição do dia 20 (segunda-feira) às 13:29h, para ver se vocês enxergam neles alguma defesa em relação a maior celeridade processual.
OAB, corporativismo é seu forte!