FADADOS AO DESENVOLVIMENTO
Acredite: chegou a hora do semiárido nordestino! Pode parecer um sonho, uma miragem, uma alucinação, mas não é. Chegou a vez de quem pouco teve vez neste Brasil.
Muito mais que um desejo ou uma esperança, trata-se de uma constatação, tal assertiva. Vários são os fatores que atualmente convergem para o inexorável desenvolvimento de nossa região, em que pesem fatores contrários como distância dos centros consumidores e pluviosidade.
Os dois fatores mais decisivos para a arrancada desenvolvimentista da região interiorana do Nordeste são, sem dúvida, pela ordem de importância, a Transposição do São Francisco e a criação da Zona Franca do Semiárido.
É bem verdade que a Transposição é ainda uma obra em andamento e a Zona Franca apenas uma proposta de emenda constitucional (PEC). Porém, no estágio em que tanto uma quanto outra se encontram, dificilmente elas serão paralisadas ou sofrerão retrocesso. Claro, há que lideranças políticas regionais manterem a ‘pressão’ sobre agentes e fatores que as determinam ou influenciam. Feito isso, com o permanente e imprescindível apoio popular, tanto Transposição quanto Zona Franca, serão realidades muito em breve.
E aí, haverá que se contar uma história do Semiárido antes e outra depois delas. A história antes, todos já conhecemos: falta d´água, desemprego, miséria… . A história depois é a que vem a galope de cavalo puro sangue trazendo novos tempos.
Não que unicamente por si ambas tenham o condão de transformar deserto em oásis. Mas são, sem dúvida, as molas propulsoras do desenvolvimento que tanto perseguimos, claro, a depender também de nossos próprios esforços.
Com a Transposição teremos algo fundamental: segurança hídrica. Água farta o tempo todo, faça chuva ou faça sol, como se diz. Fundamental, porque ninguém instala uma empresa ou uma indústria num ambiente vulnerável de água, vital para a vida humana. Esse primeiro e grande empecilho, teremos ultrapassado.
Com a criação da Zona Franca teremos a chegada de empresas, empresários, indústrias e industriais e, com eles, empregos e renda. Atraídos pelos benefícios fiscais federal, estaduais e municipais, aqui localizarão suas unidades produtoras que, para produzirem, terão que absorver nossa mão-de –obra. Mais gente empregada, mais gente ativa na economia, mais vendas, mais produção, mais empregos no comércio, e por aí vai uma corrente de benefícios que pode alcançar a sociedade toda de uma cidade e de uma região!
Podemos e devemos fazer nossa parte como cidadãos: ‘pressão’ em nossos representantes políticos e qualificação de nossa mão-de-obra via Escola Técnica Estadual, IFPB e Senac.
Feito isso, somos, acreditem, fadados ao desenvolvimento!
* Fernando Caldeira