Greve assembleia

Reunidos em Assembleia ocorrida na tarde desta terça-feira, os trabalhadores em educação do município de João Pessoa, que se encontram em greve desde o último dia 16 de março, decidiram manter a paralisação e às 8h00 desta quarta-feira farão novo ato público em frente ao Centro Administrativo Municipal em Água Fria, com o objetivo de serem recebidos em audiência pelo prefeito Luciano Cartaxo.

A categoria decidiu ainda que o Sintem-JP encaminhará, através de sua assessoria jurídica, denúncia ao Ministério Público sobre as precárias condições de funcionamento de diversas escolas e marcou uma nova assembleia para as 15h00 da próxima terça-feira, no auditório da Federação Espírita, no bairro da Torre. Na ocasião, os advogados do Sindicato tiraram dúvidas dos presentes e deram detalhes do recurso interposto ontem contra a decisão que declarou ilegal o movimento.

Prefeitura

Mais de 90% das escolas da Rede Municipal de Ensino estão de portas abertas para receber os alunos. Nesta segunda-feira (6), 72 unidades já funcionavam regularmente. Ao todo a rede de educação municipal possui 95 escolas. “Nossos profissionais já estão voltando para as unidades de ensino. A escola está aberta e de braços abertos. Pedimos aos pais que procurem a direção da escola para entenderem a dinâmica desse retorno”, disse a secretária de Educação e Cultura de João Pessoa, Edilma Ferreira da Costa.

A escola José Novais, localizada no Bairro dos Novais, possui 285 alunos matriculados no Ensino Fundamental I e todos os alunos do turno da manhã já estavam em sala de aula nesta segunda-feira (6). “Estava com muita saudade da escola. Gostei demais das aulas terem voltado. Todos os dias eu pegava um livro de Português e Matemática para estudar”, disse com alegria a estudante do 5º ano, Wemilly Camily Andrade de Sousa.

Tamara da Silva Alves é professora efetiva da José Novais e festaja o retorno das aulas. “Os alunos estavam ficando prejudicados. Eu prefiro estar em sala de aula ensinando do que estar em casa sem fazer nada”.

Na escola Augustinho da Fonseca Neto, no bairro do Cristo, as aulas também retornaram normalmente. E quem agradece esse retorno é a dona de casa Maria Ingride Costa da Silva, mãe da aluno Larissa Ismin do 7º ano. “Lugar de criança é na escola e elas estavam sendo prejudicadas. Se as aulas não tivessem retomado os únicos prejudicados seriam elas. Graças a Deus que tudo voltou normalmente”, disse Maria Ingride.

Reivindicações

A pauta de reivindicações encaminhada há meses pela entidade à Prefeitura, inclui além do reajuste de 16% retroativo a janeiro, para ativos e aposentados, atualização do pagamento do piso salarial nacional para os professores prestadores de serviço (PS), reajuste no mesmo percentual na data base para os funcionários da educação e reformulação do PCCR.

O Sintem-JP também busca a garantia do afastamento dos professores para cursar pós-graduação sem perdas, com ampliação do tempo das licenças e a progressão funcional para quem está em estágio probatório. “A luta também é contra outros problemas, como salas de aula superlotadas, falta de materiais, infraestrutura sucateada e assédio moral, dentre outros que comprometem a qualidade da educação no município”, destacou o presidente Daniel de Assis.

Fonte: PMJP + parlamentopb + Redação