Profs. continuam greve em JP e pode haver demissões
Os professores da rede municipal que integram a greve da categoria, em João Pessoa, decidiram permanecer de braços cruzados, descumprindo decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que considerou o movimento ilegal. A informação foi confirmada, nesta terça-feira (31), pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem), Daniel de Assis.
A decisão de continuar a greve foi definida em assembleia da categoria. Segundo o sindicalista, os professores não vão abrir mão dos 16% pedidos de reajuste salarial. A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) já ofereceu 3% à categoria e tem mantido negociação permanente com a categoria. Os alunos da rede municipal estão sem aula desde o último dia 16.
“Hoje temos 92 escolas fechadas e vamos nos unir ainda mais para continuar o movimento. Já recorremos da decisão judicial, através da nossa assessoria jurídica e vamos esperar a resposta da justiça em relação a essa decisão”, disse Daniel Assis.
Sobre a multa diária de R$ 5 mil pagos pelo não cumprimento da decisão, ele afirmou que a categoria está ciente e preparada para arcar com as consequências.
Estágio probatório
Sobre a possibilidade de demissão dos professores concursados contratados há mais de um mês, em estágio probatório e que já aderiram à greve, o sindicalista Daniel Assis classificou o fato como uma “ameaça” à categoria.
O prefeito Luciano Cartaxo (PT) tem analisado, junto à Procuradoria Geral do Município, a possibilidade de impetrar ações na Justiça contra os professores que estão em estágio probatório, portanto, em período de avaliação sobre a aptidão para o cargo.
“O caminho é sempre o diálogo, mas estamos analisando com o nosso secretariado ações judiciais. Existe uma fila de professores que estão querendo entrar para trabalhar. Somos pressionados todos os dias para fazer a ampliação desse concurso, chamar mais professores que queiram estar dentro da sala de aula”, disse Luciano Cartaxo.
O prefeito voltou a lembrar do esforço para manter o equilíbrio financeiro da Capital e reforçou a proposta que garante um reajuste salarial de 3%, o que eleva o salário dos professores para R$ 2.506, referente a 30 horas de trabalho semanais. O valor representa o segundo melhor salário pago à categoria em todo o Norte e Nordeste do país.
“Existe uma fila querendo trabalhar”
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), lembrou hoje (31) que parte dos porfessores em greve no município foram contratados este ano e ainda estão em estágio probatório. Destacando a decisão judicial monocrática que decretou a ilegalidade da greve na segunda-feira, o prefeito afirmou que existe uma fila de professores que querem trabalhar.
– Nós fizemos o concurso público para 1.300 vagas na educação, convoquei e dei posse a todos. Eles trabalharam um mês e entraram em greve. Estabelecemos o diálogo e depois esperamos a decisão da Justiça. Agora esperamos o cumprimento da decisão da Justiça. Vamos tomar todas as medidas necessárias para assegurar a volta às aulas para a educação infantil. Existe uma fila de professores que estão querendo entrar para trabalhar. Isso é fato.
Fonte: Wscom + Parlamentopb + Redação