Pedro Simon

O ex-senador Pedro Simon está hoje em João Pessoa onde foi convidado pela OAB-PB para ministrar uma palestra, pela manhã, no auditório da Ordem sobre “Ética na Política”. Em entrevista à imprensa, ele comentou as recentes manifestações contra a corrupção, aconselhou o povo a continuar nas ruas protestando porque acredita que nenhuma mudança acontecerá se não for pressionada pela população.

Ao ser indagado sobre a tese de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), defendida por setores significativos dos manifestantes em todo o país, o político aposentado se posicionou contra:

“Sinceramente, o momento de se falar em impeachment iria aumentar a confusão e estabelecer um clima que não se sabe como termina. É o momento de se confiar absolutamente no juiz Moro que está tendo uma atuação notável no Paraná e no Supremo Tribunal Federal que vai julgar com provas mais do que transparentes a corrupção na Petrobras. Mas, o que temos que fazer é mudar o regime dos partidos políticos. Temos mais de 31 partidos. A maneira de fazer política com o dando que se recebe precisa mudar. Você vê que tem mais de 30 ministros e eu não lembro mais do que meia dúzia. São nomes indicados em troca de votos… A Petrobras já teve o respeito do Brasil inteiro, descobriu o petróleo em águas profundas e no momento de seu auge, pegaram os cargos da empresa e politizaram. Aconteceu um conluio entre dirigentes da Petrobras e das empreiteiras. A sétima maior empresa do mundo está em estado quase falimentar. Precisamos deixar o STF fazer uma limpeza, mas também precisamos fazer a nossa parte. Não podemos ter 31 partidos. Temos que diminuir também o número de ministérios, retirar o dinheiro particular das campanhas e usar o mínimo necessário. Tem muito marketing na eleição. Transformam um cara em herói. Se Dilma tivesse falado de improviso desde o início, teríamos percebido que ela não é gerentona de nada”, disse.

Simon elogiou a OAB e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na inserção que ambas têm nos temas de interesse nacional. Ele criticou a União Nacional dos Estudantes e disse que a entidade “infelizmente é um comitê do Governo”.

Fonte: parlamentopb + Redação