Redução de gastos da PMJP confirma crise na gestão e inchaço na folha
O decreto anunciado pelo Prefeito da capital, Luciano Cartaxo (PT), nesta quinta-feira (12), que institui a redução de gastos na Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), vem a confirmar a crise enfrentada pela atual gestão, que iniciou sua administração com inchaço na folha de pessoal e gastos acima de R$ 65 milhões, conforme denúncia apresentada pelo vereador Raoni Mendes (PDT), na Câmara de Vereadores.
Por causa do excesso de despesa, Luciano Cartaxo confirma crise e pretende economizar R$ 102 milhões anualmente com os atos de austeridade, cortando gastos com cargos comissionados, gratificações, despesa com custeio, além de gastos com telefone, combustível, eventos, energia, diárias, passagens, locação de veículos, patrocínios e publicidade.
O vereador Raoni Mendes, que em abril do ano passado havia denunciado a dificuldade financeira em que se encontra a administração municipal, afirmou que o decreto é a confirmação de que a prefeitura não está conseguindo realizar uma boa gestão para a população. “O prefeito anuncia que o decreto é devido a crise a qual o país enfrenta, mas todos nós sabemos que não houve uma organização. Havíamos feito essa denúncia prevendo que a dificuldade aconteceria, pois temos um governo marcado por festas e contratação de pessoal em detrimento da melhoria das políticas públicas que melhorem a vida da população de João Pessoa”, ressaltou o parlamentar.
Raoni denunciou na tribuna da Câmara de Vereadores que o aumento com despesas de pessoal em 2013 em relação a 2012 chegou a 20,8% com o custeio de salários de comissionados e uma elevação de 31,1% na contratação de servidores temporários. A Prefeitura que desembolsava em dezembro de 2012 o montante de R$ 28.796.063,23 para pagamento de comissionados e R$ 124.599.367,84 passou a gastar em 2013 com o custeio de comissionados R$ 34.785.976,72 e outros R$ 153.384.782,62.
“Com o rigor no controle de gastos instituído pelo prefeito da capital fica comprovada a falta de competência da gestão, que vai enfrentar a crise criada por ele mesmo aplicando medidas de contenção de gastos na PMJP”, lamenta o vereador.