Senador Cássio mostra-se irritado com proposta de CPI da Celb
Proposta do presidente da Câmara Municipal de Campina Grande vereador Pimentel Filho (PROS), de ressuscitar o processo de venda da Celb através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), irritou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
Pimentel e o hoje deputado Inácio Falcão (PTdoB) revelam existir dados confiáveis de que a PMCG não repassou à iniciativa privada 6% das ações que possuía na antiga Celb (hoje Energisa Borborema).O senador Cássio Cunha Lima que era prefeito da cidade no período de privatização da Celb, contestou duramente Pimentel Filho.
Ao ser indagado na Rádio Campina FM sobre o assunto, Cássio se irritou e considerou absurda a proposta defendida pelo presidente da CMCG.
“Na criatividade de Pimentel. O que ele está dizendo é um absurdo. É obvio que a empresa foi privatizada e repassado o controle para o que é hoje a Energisa. Mas se o presidente da Câmara acha que deve ser investigado, e se não tem mais nada importante a fazer, que ele faça a investigação da Celb. Toda investigação é bem vinda”, afirmou Cássio.
Ele disse que lamentava que o tema viesse novamente a tona e garantiu que não tem o que temer.
“O que eu lamento é que esse tema é sempre usado de forma recorrente. Parece que é um tema que não se encerra nunca”, registrou Cássio.. Cássio também garantiu que a privatização foi feita dentro da maior lisura possível, transparência, ética, decência, não havendo motivos para temer novas investigações.”
“Pode investigar o que quiser; investigar o meu patrimônio. Se tem alguma insinuação do presidente da Câmara, que eu agi de má-fé, com desonestidade, pode colocar a CPI e vou depor na hora que Pimentel quiser. Talvez interesses outros, que não podem ser revelados, podem estar por trás disso”, assegurou Cássio.
O presidente Pimentel Filho defende a instação da CPI para investigar o processo de venda da Celb há 15 anos atrás. Pimentel suspeita que Campina Grande tenha sofrido prejuízos com o repasse da empresa para a iniciativa privada. “Se isso for verdade, há 20 anos não vem sendo repassados os dividendos à Prefeitura. Isso significa milhões de reais e a gente vai procurar saber sobre este dinheiro”, afirmou.
Na época votaram a favor da privatização, vereadores como Manoel Ludgério, Romero Rodrigues, hoje prefeito da cidade; Maria Barbosa, Rômulo Gouveia, entre outros governistas. Foram contra a privatização Veneziano Vital do Rêgo, hoje deputado federal; Pimentel Filho; Bruno Gaudêncio, Guilherme Almeida, entre outros oposicionistas, a época liderados pela então vereadora Cozete Barbosa.
Fonte: Pbagora + Redação