Presidente da Câmara formaliza criação da nova CPI da Petrobras
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), formalizou na manhã desta quinta-feira a criação de uma nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar irregularidades na Petrobras. Esta é a primeira CPI criada na Casa em 2015.
A nova CPI terá como foco de investigação as irregularidades ocorridas na Petrobras entre os anos de 2005, quando já atuava na estatal o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa – principal delator do petrolão – e 2015, já no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Com foco direcionado a atos ilícitos praticados na petroleira sob a égide dos governos petistas de Lula e Dilma, a comissão de inquérito vai investigar superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, possíveis irregularidades na viabilização de empresas subsidiárias, superfaturamento na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda, além de irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.
Com a criação oficial da CPI da Petrobras, o próximo passo será a indicação dos integrantes do grupo de investigação pelos partidos políticos. Na sequência, é agendada a sessão de instalação da comissão.
O governo Dilma tentou inviabilizar a criação do grupo de investigação, mas não conseguiu controlar a própria base aliada e viu 52 deputados governistas assinarem o requerimento de criação da CPI. Ao todo, a nova CPI da Petrobras foi apoiada por 182 deputados, 11 a mais do que as 171 assinaturas mínimas necessárias. Entre os maiores “traidores”, 14 são do PDT, 12 do PSD, 10 do PMDB e sete do PR.
Depois de o PT não ter conseguido barrar a nova CPI da Petrobras, a legenda trabalha para controlar postos-chave na comissão e reivindica ou a presidência do colegiado, que define o andamento dos trabalhos de investigação, ou a relatoria, posto responsável por produzir o documento final dos trabalhos.