É verdade que João Azevedo não se elegeria Governador não fosse o apoio de Ricardo Coutinho. Como também é verdade que lá atrás, Ricardo dificilmente se elegeria sem o apoio de Cássio Cunha Lima. Cássio, por sua vez também encontraria dificuldades para eleger-se sem os apoios de fulanos, cicranos e beltranos… . Afinal, ninguém se elege só!

Quem raciocina sem extremadas paixões, sabe que isso é verdade!

Mas…, então por que João e Ricardo romperam?

Terá sido a ganância que faz dos homens seres sempre insatisfeitos? É provável. Porque esse estória, como ‘ES’ mesmo, de presidência do PSB, não cola de jeito nenhum! Certamente não foi isso. Não dá para acreditar que eleito Governador com total apoio do ex, João Azevêdo não concordasse, de pronto, com um pedido do amigo Ricardo para ser presidente do PSB paraibano.

Mas não houve pedido, houve intervenção! Então, porque intervir num partido onde todos são do mesmo lado ou pelo menos eram? Será que imaginou-se que a ascensão do fiel escudeiro de RC durante anos à frente do PSB, Edvaldo Rosas, à condição de Secretário Estadual no governo JA desequilibraria as forças orgânicas dentro da legenda de modo a “ameaçar” o comando partidário?

O que percebo, ao longe, é que essa tal ganância, intrínseca ao ser humano dos nossos tempos, que quer sempre mais, e mais, e mais…, só cria problemas. Por favor não confundam desejo ou aspiração com ganância. Aquelas são fruto natural da existência humana; esta é fruto de uma visão deturpada e doentia daquelas.

A Paraíba ainda hoje não entende os verdadeiros motivos do rompimento do então Prefeito Luciano Agra com o ex Ricardo Coutinho, tanto quanto não entende agora o por que do rompimento do atual com o ex-Governador e vice-versa!

Ou o entendimento, a amizade, o companheirismo, a estima, o apreço, a camaradagem no jardim girassol era só faz de conta, ou a perspectiva do poder é maior que tudo aquilo!

Seja qual for a sua opção, a Paraíba majoritária das urnas sente-se frustrada!

 

 

* Fernando Caldeira