Do jeito como está, é zero a chance do deputado federal Gervásio Maia Filho (PSB) votar favorável à Reforma da Previdência.

Foi o que ele disse em entrevista neste domingo (14) ao programa Trem das Onze, da Rádio Alto Piranhas (Cajazeiras), produzido e apresentado pelos radialistas Silvano Dias e Fernando Caldeira.

Segundo Gervásio, do 1 trilhão de reais que o Governo Federal que economizar em 10 anos com essa reforma, 92% é retirado dos pobres. Ou seja, o governo quer fazer a tal reforma nos ombros dos mais humildes sem tocar sequer de leve nos ricos, disse o deputado.

Para o parlamentar socialista já está mais do que na hora do Governo taxar as grandes fortunas, como reza a Constituição. Se quer resolver problema de caixa, e eu acho que ele deve, que faça taxando as grandes fortunas, e não mais penalizando os pobres, disse Maia.

O deputado lembrou, a propósito, que apenas dois países no mundo não taxam as grandes fortunas: Eslovênia e Brasil.

PERDAS ENORMES PARA MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Para exemplificar a importância da receita da previdência na vida de muitos municípios brasileiros, Gervásio Maia citou três cidades paraibanas: Cajazeiras, Uiraúna e Santa Helena.

Segundo o parlamentar Cajazeiras tem um FPM médio de 3 milhões de reais/mês e uma receita de aposentados da ordem de 14 milhões de reais/mês.

Com a reforma do jeito que está, haverá uma redução dessa receita de aposentados de aproximadamente 3 milhões e 600 mil reais/mês em Cajazeiras. Ou seja, o município perderá mais que um FPM todo mês. “Vai ser uma quebradeira geral”, alertou.

No caso de Uiraúna, Gervásio afirmou que o FPM médio é de 1 milhão de reais e que a receita de aposentados do município é de 4 milhões.

Com essa reforma Uiraúna vai perder 1 milhão 170 mil reais todos os meses, apontou ele.

Já em relação a Santa Helena, o município tem um FPM médio de 570 mil reais/mês e uma receita de aposentados de 1 milhões e 900 mil reais. Aprovada essa reforma, Santa Helena perderá aproximadamente 850 mil reais/mês, ou seja, 1 FPM e meio será jogado fora do comércio local, avisou.

É por isso que não tem chance alguma de votar nessa reforma, disse ele, afirmando estar pronto para ajudar o governo, caso se queira efetivar a taxação das grandes fortunas como forma de equilibrar o caixa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes: REDAÇÃO