Barreira

A polêmica envolvendo a erosão na barreira de Cabo Branco está longe do fim. Desta vez foi a pré-candidata do PSB à prefeitura de João Pessoa, Cida Ramos, quem lamentou a ineficiência da atual administração municipal para solucionar, ou até mesmo minimizar o problema “como comprova o engenheiro Pedro Molina, contratado pela gestão municipal e que de viva voz atesta a ineficiência da Prefeitura na solução do problema”, disse. .

Para a socialista, falta decisão política por parte do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) em chamar o problema para si. Em vez disso, segundo ela, ele busca o caminho mais curto, que é responsabilizar outros órgãos pela situação a que chegou a falésia, um dos patrimônios do Estado.

“A barreira é um dos patrimônios não só de João Pessoa, como da Paraíba. Tem uma importância ambiental e turística fundamental e é muito triste que ela tenha chegado a essa situação. Como prefeita, podem ter certeza, que eu agiria de forma imediata. Ali é decisão política. É você ver uma realidade de uma erosão que a cada dia cria grandes prejuízos, muitos desses irreversíveis, e é necessário uma decisão política, de chamar a responsabilidade para si e dizer – é assim que eu vou atuar. Essa história de dizer que a Sudema tem responsabilidade é desculpa. A responsabilidade é de quem gere a cidade. A responsabilidade é de quem estar vendo o processo acontecer, com a possibilidade de resolver e não se resolve”, disse.

E continuou: “O que não dá é para ficar sempre responsabilizando alguém por algo que é de responsabilidade sua. Eu não costumo atribuir a outros algo que tem que ser da minha alçada. Eu assumo a tarefa, tomo para mim, e realizo. Essa iniciativa em um gestor é fundamental”.

Cida ainda questionou o fato de, ainda à época do governo Luciano Agra, o senador Wilson Santiago (PTB) ter mediado um recurso, na ordem de R$ 12 milhões, para a barreira, que naquela época já tinha um projeto, e nada ter sido feito.

“E eu pergunto, por que não seguiram esse projeto, se se sabia disso desde o início da gestão, há quatro anos, por que se deixou a chegar a essa situação. Por que não iniciam um processo de drenagem, de reflorestamento, para evitar que essa parte aprofunde ainda mais. São ações que precisam ser realizadas e que o poder público municipal precisa tomar iniciativa. Se precisa de ajuda, se é pra chamar a Marinha, se precisa do estado, chama todo mundo, mostra que tem vontade e decisão política, para poder ter ação, e não ficar tentando apontar um ou outro como responsável”, asseverou.

A pré-candidata foi além e disse que o patrimônio histórico da Capital da Paraíba está sendo descuidado pela atual gestão.

“Não é só a barreira. O abandono do farol, nosso patrimônio histórico está descuidado. Essa discussão precisa ser ampliada numa discussão sobre a cidade, sobre o turismo, sobre a preservação, sobre o peso que tem nosso patrimônio histórico na cidade”, arrematou.

 

“Prefeitura não fez a lição de casa”

A inoperância da Prefeitura de João Pessoa no caso da barreira do Cabo Branco é tão gritante que até o engenheiro por ela contratado para fazer o projeto de engenharia, Pedro Antônio Molinas, da empresa Acquatool Consultoria, vencedora da licitação municipal, afirma que “a prefeitura não fez a lição de casa”, colocando toda responsabilidade do problema na inoperância da gestão Luciano Cartaxo.

 

Fontes: pbagora + REDAÇÃO