Golpe constrangido

A foto que constrange o movimento golpista foi tirada nesta terça-feira 29 na reunião que oficializou a saída do PMDB do governo da presidente Dilma Rousseff e mostra Eduardo Cunha, Romero Jucá e Eliseu Padilha, três notórios peemedebistas, erguendo as mãos aos gritos de ‘Temer presidente’, que dominaram o encontro.

Para quem foi às ruas gritar contra a corrupção, chega a ser constrangedor ver as faces dos homens que estão pestes a assumir o poder. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro, sob acusação de ter recebido ao menos US$ 5 milhões em propina em contas não declaradas no exterior. Jucá também está na lista de parlamentares investigados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no âmbito da Lava Jato.

Um fator importante sobre esse novo governo é apontado pelo jornalista Fernando Brito, do Tijolaço. “Governo algum é capaz de se sustentar sem legitimidade. Que dirá a de quem não teve e não teria voto algum”, diz ele. “‘Temer Presidente'” pode ser gritado num salão com um cento de políticos, mas não pode ser gritado em esquina alguma do país”, acrescenta o jornalista.

Brito ressalta ainda que, “por mais que a traição agrade a alguns setores, ninguém perdoa os traidores. Michel Temer entrará particularmente para a história como um Judas em busca de suas trinta moedas. O seu destino, tal qual Judas, será a corda ao pescoço” (leia aqui a íntegra).

 

Fonte: brasil247 + REDAÇÃO